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Este Blog tem como finalidade unir duas das minhas paixões: Fotografia & Judaismo. E como fazer isto? Sempre com um novo post uma fotografia de minha autoria do tema relacionado. Obs. O Judaísmo aqui mencionado se trata do Cumprimento prático da Torah, e não a religiosidade Rabínica. Email: jandernogueira@hotmail.com.br Cel: (22) 92836965

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Bênção / ברכה



Este post é um pouco diferente dos outros, pois invés de um tema tipo estudo eu gostaria de dividir algo com vocês. O motivo é por que eu li um livro que realmente mudou minha vida e gostaria de dividir com todos.


O livro se chama “My grandfather´s blessings” (As bênçãos do meu avô), e por que mudou minha vida? Primeiro gostaria de falar um pouco do livro, o livro é um relato da vida pessoal da autora (Rachel Naomi Remen) que comenta no livro a importância de abençoar as pessoas e/ou coisas ao nosso redor e mais importante, dentro de nós. Ela escreve que aprendeu a ter esse olhar com seu avô o Cabalista e Rabino Ziskind, que ao tempo que abençoamos somos abençoados e assim podemos reconstruir o mundo. E agora voltando ao motivo que disse que mudou minha vida, eu me vi no papel da autora, e como? Não no simples fato de assimilação, mas na vivência empírica. Meu avô também era um homem e líder religioso extremamente ortodoxo nas suas convicções, com um caráter que ninguém jamais poderá criticar, tentava me ensinar a importância de abençoar as pessoas, às vezes com discussões outras com silêncio ele me ensinou o quanto podemos fazer diferença. Lembro-me as vezes que estava em sua casa e via-o trazer pessoas para almoçar ou ajudar de outras maneiras que estava ao seu alcance. Sua dedicação como líder religioso nos mínimos detalhes e sempre com amor. E até ler este livro infelizmente não tinha visto por que eu me pareço com ele em tantos aspectos e como eu e minha família fomos e somos abençoados por ele, e o que ele tentou me ensinar com seus discursos rigorosos. Que também podemos ser assim.

Sei que ele ficaria feliz em saber que agora o admiro mais ainda como homem e que fez sua vida se prolongar atravez da minha.

E eu abençoou você que está lendo esse blog:



                                    ברוך אתה  יהוה אלוהינו מלך העולם, שהחינו וקימנו והגענו לזמן הזה

Baruch Atá Ado-nai El-ohenu melech haolam shehecheianu vekiyemanu vehiguianu lazeman haze

Bendito és Tu, Senhor , nosso Deus, Rei do universo, que nos mantiveste vivos e nos sustentou e nos permitiu estar aqui neste momento.


Um resumo rápido sobre o tema.

Bênção, de uma maneira geral, é uma expressão proferida oralmente constituindo de um desejo benigno para uma pessoa, grupo ou mesmo uma instituição, que pressupõe um efeito no mundo espiritual, de modo a afetar o mundo físico, fazendo com que o desejo se cumpra

A Bênção sacerdotal (Birkat Kohanim, ברכת כהנים), também conhecida como Nesiat Kapayim ("estender as mãos"), ou Bênção aarônica, é uma oração judaica recitada durante certos serviços, a fonte do texto é Números 6:23-27.

Apenas Cohanim ou líder (como pai ou outros) podem executar a Bênção Sacerdotal.

Em muitas comunidades judaicas tradicionais é costume para os fiéis abrir seus talitot sobre suas próprias cabeças durante a bênção e não olhar para os Cohanim. Se um homem tiver filhos solteiros, eles virão e ficaram abaixo do seu talit para serem abençoados, mesmo se os filhos já forem grandes,

No início da cerimônia, os Leviim da congregação lavam as mãos dos Cohanim e, em seguida, os Cohanim tirarão os sapatos (se eles são incapazes de tirar os sapatos sem usar as mãos, os sapatos são removidos antes da lavagem), e caminha até a plataforma na frente da arca, na frente da sinagoga. Eles cobrem suas cabeças com suas talitot, e recitam a bênção.

A cultura pop

Em meados dos anos 1960, o ator Leonard Nimoy, que foi criado em uma casa judaica tradicional, usou a versão deste gesto para criar o Saudação Vulcana para seu personagem, Spock , em Star Trek . Ele explicou que enquanto participava de serviços ortodoxos quando criança, ele espiou por baixo do talit de seu pai e viu o gesto; muitos anos mais tarde, ao apresentar o personagem de Sr. Spock, ele e o criador da série, Gene Roddenberry pensou em um componente que deveria acompanhar o frase "Vida longa e próspera". O gesto sacerdotal judaico parecia suficientemente estranho e misterioso, e se tornou parte de Star Trek.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Sefirát HaÔmer / Contagem do Ômer




Na segunda noite de Pêssach, iniciamos Sefirát HaÔmer, contando 49 dias entre Pêssach e Shavuot, dia em que a Torá foi outorgada ao povo de Israel. Esta contagem foi ordenada por D'us e serve como preparação ao povo para o recebimento da Torá. O mandamento para a contagem do Omer é registrado em Levítico 23:15.
A palavra "sefirat" basicamente significa cálculo ou contagem.

·        O que contamos?

Conta-se coisas de valor.
Conta-se unidades de tempo até um objetivo desejado; para uma criança, poderia ser: "Quantos dias faltam para as férias?" Para um adulto: "Quantas semanas ou meses até que eu consiga meu diploma? Ou "Quantos anos até que eu possa pedir uma promoção?"
Freqüentemente os itens contados são unidades de tempo. No judaísmo, tempo tem grande valor; é proibido desperdiçá-lo, ou matar o tempo.
Na tradição Judaica, o termo "sefirá" também possui significado específico, e refere-se à contagem dos 49 dias entre Pêssach e Shavuot. Em Pêssach, o povo judeu foi redimido de um terrível período de escravidão física na "casa do cativeiro", no Egito. Em Shavuot, que comemora D'us outorgando Seu precioso presente, a Torá, ao povo judeu no Monte Sinai, celebramos nossa passagem da Escravidão Espiritual à Liberdade Espiritual.
A Torá prescreve um modo de vida que eleva o ser humano acima da natureza puramente física, ao nível de um ser moral e espiritual. Isso lhe possibilita entender que a consciência dentro dele foi plantada por D'us, e que ele tem a capacidade de atingir e modelar seu comportamento até determinado ponto, além daquele de seu Criador.
Ele ou ela vêm a perceber que a saída da Escravidão aconteceu apenas para tornar-se um servo novamente, mas desta vez não para servir a um ser humano chamado de "amo", mas ao contrário, para ser um Servo de D'us, o verdadeiro Mestre do Universo.

·        Seu Tempo e Sua Vida

A natureza da obrigação de Sefirat Haômer é contar. O Talmud diz: "U'sfartem lachem," - "Vocês deverão contar por si mesmos", o que implica que cada um deve fazer sua própria contagem, individualmente. Isto significa dizer que há uma obrigação para cada pessoa de contar, de exprimir sua percepção de que outro dia de sua vida chegou, trazendo uma nova oportunidade para o crescimento espiritual. Por isso a pessoa não pode cumprir sua obrigação de contar através de ouvir a contagem feita por uma outra.

·        Por que contamos?

Contar alguma coisa torna-a real para nós. Apenas ao lhe atribuirmos uma quantidade entendemos o que significa para nós e como podemos usá-la. Imagine que você ganhou um baú repleto de moedas de ouro. Agradece ao seu doador e leva o baú para casa. Tão logo a porta é trancada, qual a primeira coisa que você faz? Conta as moedas, claro! Certamente é ótimo poder dizer: "Sou um homem rico." Mas se pretende fazer algo com sua riqueza, precisa saber: "Quanto possuo?"
Da mesma forma, o povo de Israel ao partir do Egito recebeu a Torá sete semanas mais tarde no Monte Sinai. Todos os anos lembramos esta jornada através de Sefirat Haômer, a Contagem do Ômer, por quarenta e nove dias. Começamos na segunda noite de Pêssach: "Hoje é o primeiro dia do ômer", proclamamos na primeira noite da contagem. "Hoje são dois dias do ômer" ou "Hoje são sete dias, que perfazem uma semana do ômer", "Hoje são vinte e seis dias que perfazem três semanas e cinco dias do ômer", e assim por diante, até "hoje são quarenta e nove dias, que perfazem sete semanas do ômer." Até chegar no quinquagésimo dia que é Shavuot.
Os cabalistas explicam que cada um de nós possui sete poderes no coração - amor, reverência, beleza, ambição, humildade, compromisso e realeza - e que cada um desses sete poderes inclui elementos de todos os sete. São representados pelas sete semanas e 49 dias da contagem do ômer.

·        Pêssach, Sefirat Haômer e Shavuot

Pêssach e Shavuot são festas estreitamente interligadas. Podemos afirmar que Pêssach é o inicio de um processo e Shavuot seu término; uma festividade completa a outra. A liberdade do Egito se íntegra com o recebimento da Torá em Shavuot. Só a liberdade física não é suficiente; enquanto ainda existem ligações com o Egito, não somos homens livres. Pêssach enriquece o coração e fortalece a fé; Shavuot desenvolve a mente por intermédio da Torá e sua sabedoria.

domingo, 13 de março de 2011

Mezuzá / Umbral





Mezuzá (do hebraico מזוזה "umbral") é o nome de um mandamento da Torá que ordena que seja afixado no umbral das portas um pequeno rolo de pergaminho que contém as duas passagens da Torá.
A mezuzá deve ser afixado no umbral direito de cada lar, sinagoga ou estabelecimento judaico como lembrança do criador. Deve ser posto a sete palmos de altura do chão, apontando para dentro do estabelecimento com a extremidade de cima. Os judeus costumam beijar a mezuzá toda a vez que se passa pela porta, para lembrar das orações que estão contidas ali dentro e os princípios do judaísmo que elas carregam
Hoje em dia, e sempre, a mezuzá, uma mitsvá que tem acompanhado o povo judeu ao longo dos anos, mais do que nunca constitui o sinal de que nesta residência ou estabelecimento se encontra um judeu, e em sua porta sua maior proteção: D'us
A mezuzá não deve ser julgada pela sua aparência. Para ser kasher deve ser escrito à mão, sobre um pergaminho, e por um sofer (escriba) temente e observador dos mandamentos divinos, habilitado para esta função, o que é fator essencial para tornar o pergaminho sagrado.
No momento em que é afixada no batente da porta, ela atrai a santidade de D'us que pairará sobre a casa ou estabelecimento. No verso do pergaminho estão escritas as letras hebraicas Shin, Dalet e Yud, que forma o acróstico das palavras hebraicas "Shomer Daltot Israel" – "Guardião das casas de Israel".

Conteúdo


A Mezuzá contém duas passagens bíblicas que mencionam o mandamento Divino de afixá-la nos umbrais das portas: "Shemá" e "Vehaiá" (Devarim 6,4-9 e 11,12-21).
O "Shemá" proclama a unicidade do D'us único e nosso eterno e sagrado dever de servi-Lo, e somente a Ele.
O "Vehaiá" expressa a garantia Divina de que nossa observância dos preceitos da Torá será recompensada e nos previne sobre as conseqüências se os desobedecermos.
A mitsvá da mezuzá demonstra claramente que não somente a sinagoga ou qualquer outro local de estudo são sagrados, como também nosso lar.


Significado

Embora atualmente existam centenas de sofisticados equipamentos de vigilância (câmeras, aparatos eletrônicos, entre alarmes e até cercas elétricas) para o povo judeu a mezuzá afixada na porta sempre constituirá sua maior proteção.
A palavra mezuzá tem três sílabas: 1) Meh, 2) zu e 3) zuh.
O “Mem”, primeira letra da palavra, tem o valor numérico de 40 e se relaciona com a Torá: a Torá escrita foi entregue a Moshê Rabenu durante 40 dias e 40 noites.
O “Zu”, a (forma feminina de “este”, em hebraico) da mezuzá refere-se ao povo judeu, e especificamente às mulheres, como diz a Guemará, Bayso zu ishto – “a esposa está em casa.” As mulheres estão diretamente envolvidas e constantemente ativas em formar o caráter do lar judaico. Além disso, a mulher da família tem o privilégio de ser responsável por receber os convidados, uma mitsvá que faz o lar irradiar.
A última vogal, “Zuh” refere-se a Hashem, como está escrito Ze Keili V’anveihu – “este é o meu D’us e eu O glorificarei.” Um lar glorifica Hashem através da pureza familiar.
Assim, a mezuzá corresponde aos três fatores que definem e trazem qualidade a um lar judaico: 1) Torá, 2) a mulher judia e 3) Hashem.