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Este Blog tem como finalidade unir duas das minhas paixões: Fotografia & Judaismo. E como fazer isto? Sempre com um novo post uma fotografia de minha autoria do tema relacionado. Obs. O Judaísmo aqui mencionado se trata do Cumprimento prático da Torah, e não a religiosidade Rabínica. Email: jandernogueira@hotmail.com.br Cel: (22) 92836965

domingo, 12 de dezembro de 2010

Chanuká / Festa das Luzes




Chanukiá

Chanuká significa literalmente, "Inauguração". A festa recebeu este nome em comemoração ao fato histórico de que os macabeus "chanu" (descansaram) das batalhas no "cá" (25º dia) de Kislêv.

Por que comemora-se?

Antiocus, rei da Síria, governou a Terra de Israel depois da morte de Alexandre, o Grande. Pressionou os judeus a aceitarem a cultura greco-helenista, proibindo o cumprimento das mitsvot (preceitos) da Torá e forçando a prática da idolatria pagã.

Antiocus foi apoiado por milhares de soldados de seu exército. Em 165 AEC, os Macabeus, corajosos lutadores oriundos de uma família de muita fé, os Chashmonaim, apesar do antagonismo esmagador, saíram vitoriosos de uma batalha travada contra o inimigo.
O Templo Sagrado, violado pelos rituais greco-pagãos, foi novamente purificado e consagrado e a Menorá (candelabro) reacesa com o azeite puro de oliva, descoberto no Templo.
A quantidade encontrada era suficiente para apenas um dia, mas milagrosamente durou 8 dias, até que um novo óleo puro pudesse ser produzido e trazido ao Templo. Em lembrança destes milagres comemoramos Chanuká durante oito dias.

Uma menorá de Chanuká tem oito braços numa fila reta de igual altura. O shamash (vela auxiliar), usado para acender a menorá, é colocado mais alto ou à parte das outras. Uma menorá que funcione com eletricidade pode ser usada como decoração de chanuká, mas não cumpre a mitsvá (conexão com D’us) de acendimento da menorá.

Parte da mitsvá de Chanuká é a divulgação do milagre de Chanuká, portanto colocamos a menorá no batente oposto à mezuzá, ou numa janela, claramente visível do lado de fora. Velas podem ser usadas, mas devido ao seu papel no milagre de Chanuká, uma menorá com azeite é especialmente significativa.

Na primeira noite de Chanuká, reúna a família para o acendimento da menorá. Antes de acender, recite a bênção apropriada. Utilize o shamash para acender a primeira vela, no extremo direito da menorá.

Chanuká Guelt

Em Chanuká, é tradicional dar às crianças Chanuká Guelt, dinheiro de Chanuká. Uma das razões deste costume é a oportunidade de lhes oferecer um reforço positivo por comportamento exemplar e como dedicação ao estudo de Torá, que era proibido durante a ocupação dos sírios, além de incentivá-las a doar uma parte para tsedacá, caridade.

Sevivon

Antíoco decretou que cada aula de Torá era crime punível com morte ou prisão. Em desafio, as crianças estudavam em segredo, e quando as patrulhas sírias eram avistadas, fingiam estar jogando uma inocente brincadeira de pião, também conhecido como sevivon.

Todo sevivon possui quatro lados com uma letra hebraica em cada um deles. Cada letra é a inicial de uma palavra. As quatro letras são:

Nun primeira letra da palavra nes, que significa "milagre"Guimel primeira letra de gadol, que significa "grande"Hei primeira letra de haya, que significa "era" ou "foi"Shin primeira letra de sham, que significa "lá"
Juntas, estas letras formam a frase: "Um grande milagre aconteceu lá".
Em Israel, ao invés da letra shin (para designar sham, lá), o sevivon possui a letra pei de pô, aqui) para que as letras dos lados do pião forme a frase: "Um grande milagre aconteceu aqui".

Sufganiyot

Na festa de Chanuká há o costume de ingerir comidas fritas em óleo como bolinhos de batata (levivot ou latkes), e sonhos (sufganiyot). Estes alimentos são preparados e degustados em honra ao milagre que ocorreu com o azeite.

domingo, 24 de outubro de 2010

Sucot / Tabernáculos



·        Sucot (do hebraico סוכות sukkōt, cabanas) é um festival judaico que se inicia no dia 15 de Tishrei de acordo com o calendário judaico. Também conhecido como Festa dos Tabernáculos ou Festa das Cabanas ou, ainda, festa das colheitas visto que conincide com a estação das colheitas em Israel, no começo do Outono. É uma das três maiores festas, conhecidas como Shalosh Regalim, onde o povo de Israel peregrinava para o Templo de Jerusalém.
O Sucot relembra os 40 anos de êxodo dos judeus no deserto após a sua saída do Egito. Nesse período o povo judeu não tinha terra própria, eram nômades e vivam em pequenas tendas ou cabanas frágeis e temporárias. Como forma de simbolizar este período, durante a celebração de Sucot, os judeus deixam as suas casas e se abrigam sob folhas e galhos ao ar livre, simbolizando a sucá. A sucá deve ser erguida ao ar livre e deve ser constituída de palha ou folhagem, que possibilita ver-se o céu. Deve ter pelo menos 3 paredes as quais não devem estar pregadas ao teto. Além desta passagem pelo deserto, a sucá também simboliza todos os judeus que moram na diáspora, ou seja, fora de Israel.
Durante a festa de Sucot, os homens devem comer diariamente numa sucá (cabana) especialmente construída para este fim. Nestes sete dias, não é permitido comer fora da sucá qualquer refeição que contenha pão ou massa. Há aqueles que não costumam beber nem ao menos um copo de água fora da sucá.
Nos primeiros dois dias e noites da festa, o kidush, prece sobre o vinho, antecede a refeição. Nas duas primeiras noites, é obrigatório comer na sucá ao menos uma fatia de pão (além do kidush), mesmo que esteja chovendo. Nos outros dias, se chover, é permitido fazer as refeições dentro de casa.

·        Outro símbolo da festa são as “Quatro Espécies”. A lulav (לולב) é uma folhagem da palmeira, hadass (murta-comum), aravá (salgueiro) e o etrog (cidra).
Nossos sábios procuram responder sobre o significado das Quatro Espécies, comparando-as aos quatro tipos de judeus que formam nosso povo.
O Etrog tem sabor e aroma, o Lulav tem sabor, mas não tem aroma, a murta tem aroma, mas não tem sabor e o salgueiro não possui nem um nem outro.
Da mesma forma também existem judeus que têm a seu crédito tanto as boas ações como o estudo da Torá; outros possuem apenas uma dessas virtudes e a outros ainda faltam-lhes ambas.
Assim como essas quatro variedades precisam ser reunidas para que seja cumprido o mandamento, assim também é necessário que as quatro categorias de judeus estejam unidas para formar uma comunidade, um povo.
A união é uma das bases da existência. Enquanto nos conservarmos unidos e um velar pelo bem-estar do outro, estará assegurado o futuro. Este é o intuito das quatro variedades de plantas - a reunião de todas as partes do povo, não excluindo os que desconhecem a tradição.
Quando seguramos as Quatro Espécies nas mãos, o Etrog, segundo a tradição, deve estar mais perto das Aravot do que das outras duas variedades. Com isto, mostramos que este não se recusa a se misturar com as espécies de menor valor, especialmente o salgueiro; o Etrog expressa a sua humildade e o desejo de união. Esta é a mais bela lição que as plantas nos oferecem.
Dizem ainda os nossos sábios que as Quatro Espécies também representam a união dentro do indivíduo. O Etrog tem a aparência do coração; o Lulav da espinha dorsal; os Hadassím simbolizam os olhos e o salgueiro, a boca. A mitsvá principal em relação à sidra é que ela deve ser de propriedade da pessoa - de seu próprio jardim ou comprada com seu dinheiro. Com um Etrog alheio, não se cumpre o mandamento. O Etrog - coração do povo judeu - sempre deve ser dele mesmo, leal ao povo judeu e a D'us. Deve participar das alegrias e tristezas de sua gente. Se o coração do judeu está repleto de idéias e opiniões alheias, não é um coração judaico. O Lulav - a espinha dorsal do povo judeu - deve também ser de sua propriedade, orgulhoso de sua lealdade para com os ideais de seu povo. Não deve se curvar nem se deixar influenciar pelos outros. Os Hadassim - os olhos do povo judeu - devem sempre se dirigir para seu povo, à procura de meios para ajudá-lo. Se desviar o olhar e começar a imitar os outros, abandonará seus próprios valores. A Aravá - a boca do judeu - deve ser primordialmente leal a si mesma. Quando um judeu calunia outro ou desdenha das tradições e ideais judaicos, espalha o ódio e o desprezo para com seu povo e causa vergonha a si mesmo. Uma boca judaica deve expressar os anseios do povo judeu, exigir todos seus direitos e defendê-lo de quaisquer ataques.

Ps. Gostaria de comentar que o motivo maior deste post foi por causa do Igreja CEIFA que no dia 23 de outubro comemorou Tabernáculo. Uma das festas mais bonitas que já tive o prazer de fazer parte, pois a idéia de dia festivo realmente foi posto em pratica em vez dos ritos costumeiros. PARABENS A VC`S DA CEIFA.

domingo, 19 de setembro de 2010

Tsitsit / Franjas



Tzitzit (no hebraico ציצית) é o nome dado às franjas dos talit, que servem como meio de lembrança dos mandamentos de D´us.
  • O propósito

A mitsvá de tsitsit é mencionada duas vezes na Torá:

a)"…Que façam para eles tsitsit (franjas) sobre as bordas das suas vestes, pelas suas gerações e porão sobre os tsitsit da borda um cordão azul celeste. E será para vós por tsitsit e vereis e lembrareis todos os mandamentos de D’us e os cumprireis e não errareis indo atrás (do pensamento) do vosso coração e atrás (a vista) dos vossos olhos, atrás dos quais vós andais errando; para que vos lembreis e cumprais todos os Meus mandamentos e sejais santos para com vosso D’us." (Bamidbar. XV: 38:41)

b) "Franjas farás para ti e as porás nos quatro cantos de tua vestimenta com que te cobrires." (Devarim XII:12)
  • Significado

Os tsitsit pelo seu nome e maneira com que estão ligados à roupa, aludem aos 613 preceitos da Torá: o equivalente numérico da palavra tsitsit é 600; some a isso 8 pelo número de fios e 5 pelo número dos nós e terá 613. Os cinco nós indicam também que temos de nos amarrar aos cinco Livros de Moisés, ao passo que os oito fios sugerem os oito órgãos do corpo que estimulam o homem a pecar (os ouvidos, olhos, boca, nariz, mãos, pés, genitais e o coração), que devem ser subjugados e santificados.

Assim, a vista dos tsitsit serve ao propósito de lembrar o homem as suas obrigações Divinas (os 613 preceitos da Torá) e protegê-lo de cair vítima dos atos pecaminosos relacionados com os órgãos mencionados. A visão atenta dos tsitsit serve como lembrete que conduz a uma observância consistente da Torá ("e o vereis e lembrareis… e os cumprireis").

Os tsitsit devem, portanto ser usados em peças de roupa regulares e não devem ser restritos ao talit (xale de orações) usado somente na hora das preces. Pois, como Ibn Ezra escreve em seu comentário, "É mais importante estar envergando os tsitsit em outras horas que não as da oração, a fim de lembrar em todos os momentos a não se desviar e cometer um pecado; pois na hora da prece o homem não peca."
O motivo do número de voltas entre cada espaço de nós nos tsitsiyot , respectivamente 7, 8, 11 e 13 é que eles totalizam o mesmo valor numérico das palavras Hashem Echad (D’us Único) que, em hebraico, é 39.
  • Prática


Aposto que algumas pessoas (goym) já se perguntaram quando vêem um judeu usando uns fios pendurado na roupa o que seria aquilo. Esses fios são os tsitsit que identifica um judeu entre outras pessoas, um símbolo de sua fé sendo posto em prática.

PS. O que eu acho mais legal nos Judeus Messiânicos é a sua insistência em falar sobre a IGREJA ROMANA, e de como as igrejas se distanciaram de sua origem e etc, etc, e etc... Mas o mais legal foi que ao criticarem os outros se esquecem de suas obrigações, pois eu até hoje só vi dois judeus messiânicos usarem as tsitsiot. Então fica um toque pra vc´s “Judeus Messianicos” Observem a torah e seus preceitos e depois falem dos outros.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Bereshit / Gênesis





Bereshit / Gênesis

Bereshit (do hebraico בראשית, Bereshít, "no ínicio", "no princípio") é o nome da primeira parte da Torá e da primeira palavra. Bereshit é chamado comumente de Gênesis pela tradição ocidental e trata-se praticamente do mesmo livro apesar de algumas diferenças, principalmente no que lida com interpretações religiosas.
Tudo, desde a separação entre trevas e luz no primeiro dia, até a criação das esferas celestiais no quarto, culminando com a criação do homem - Adam (Adão) e da mulher - Chava (Eva) à imagem de D'us e sua colocação no Jardim do Éden no sexto dia, foi criado e arrumado em seu correto lugar nesta primeira semana. Os humanos recebem o domínio sobre o mundo inteiro com apenas uma restrição - abster-se de consumir o fruto da Árvore do Conhecimento.

Diferentes Interpretações:

Abaixo seguem algumas das diferenças teológicas entres o conhecido Gênesis e Bereshit.
Gênesis 1:1 - No princípio Deus criou os céus e a terra.
  • Aqui temos duas diferenças: 1º - A palavra empregada pra Deus é Elohim, no hebraico quando uma palavra termina em “im” quer disser que ela está no plural. Logo no ato da criação as Manifestações de YHWH estavam presentes, יהוה (Yah = Pai), פועל (Verbo = Filho) e רוח הקודש (Espirito de Deus = Espirito Santo).
  • 2 - A palavra céu e terra aqui mencionado, se referem a esfera de morada. Como por exemplo a palavra "CéuS" está no plural, devido se acreditar (no judaísmo) existam 7 Céus. E a palavra "Terra" se refere a esfera de matéria com o qual se formaria a terra.
Gênesis 1:3 – Disse Deus: "Haja luz", e houve luz.”
  • Aqui se acredita que quem fez o mundo não foi exatamente D´us em si, mas o Mashiach. Pelos fatos que em Yochanan (João) 1:1-3 diz: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. E por toda vez que se terminava uma criação o Eterno via se era bom, logo, pra que era necessário que o Eterno averiguasse se era bom? Sendo salvo 3 (três) coisas que D´us o fez só: A terra, Os Céus e O Homem.
Gênesis 1:5 – Deus chamou à luz dia, e às trevas chamou noite. Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o primeiro dia.”
  • Essa identificação é repedida 6 (seis) vezes neste capitulo. A palavra hebraica יום (yom) é uma porção de tempo que começa no pôr-do-sol de um dia e termina no pôr-do-sol do outro dia.
Gênesis 1:27 – Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”
Aqui começa uma das maiores diferenças entre o judaísmo e outras religiões. Então tentarei descrevê-las. 1º Coisa que devemos saber que a palavra aqui destinada para homem é אדם (Adam) Adão, que significa pessoa, num sentido de “Humanidade”.
  • 2º - Homem e mulher foram criados no mesmo dia e não em outro dia como é dito por outras culturas.
  • 3º - (AQUI MENCIONO O QUE ALGUNS TEXTOS CABALISTA DIZEM A RESPEITO DO TEMA). A mulher aqui mencionada se chama Lilith, ela é tida como a primeira esposa de Adão, que o abandonou, partindo do Jardim do Éden por causa de uma disputa sobre igualdade dos sexos, chegando depois a ser descrita como um demônio. Três anjos foram enviados em seu encalço, porém ela se recusou a voltar. Juntou-se aos anjos caídos na Terra de Nod. E seu descendente chamados Nefilim, do hebraico פִיל que significa "aqueles que cairam do ceu", Tirano, mas tal termo é uma variação do termo נָפַל. Deriva da forma causativa do verbo na·fál ou nefal (fazer cair; cortar), conforme encontrado, por exemplo, na Bíblia Gênesis 6,2. (Traduzido como Gigante). Diz a narrativa que Deus teria decretado um dilúvio, após a ocorrência do mesmo toda aquela sociedade humana seria destruída e o homem passaria a viver, no máximo, um período de 120 anos. Naquele momento, Deus se "arrependeu de ter criado a humanidade", somente Noé e sua família, tinha aprovação de Deus. (6:3,5-11) O relato termina com dilúvio bíblico a eliminar toda aquela sociedade humana juntamente com os Nefilins. No capitulo 2 de Genesis no versículo 18, Deus vê que não era bom que o homem ficase só e resolve criar Eva.



segunda-feira, 26 de julho de 2010

Arca da Aliança / Aron Habrit



Origem

Segundo o livro do Êxodo, a montagem da Arca (ארון הברית ) foi orientada por Moisés, que por instruções divinas indicou seu tamanho e forma. Nela foram guardadas as duas tábuas da lei; a vara de Aarão; e um vaso do maná. Estas três coisas representavam a aliança de Deus com o povo de Israel. Para judeus e prosélitos a Arca não era só uma representação, mas a própria presença de Deus.

Construção

A Bíblia descreve a Arca da Aliança da seguinte forma: caixa e tampa de madeira de acácia, com 2 côvados e meio de comprimento (um metro e onze centímetros ou 111 cm), e um côvado e meio de largura e altura (66,6 cm). Cobriu-se de ouro puro por dentro e por fora. - (Êxodo 25:10 a 16)
Para seu transporte, necessários para um povo ainda nômade foram colocados quatro argolas de ouro nas laterais, onde foram transpassados varas de acácia recobertas de ouro. Assim, o objeto podia ser carregado pelo meio do povo.
Sobre a tampa, chamada propiciatório "o Kapporeth", foi esculpida uma peça em ouro, formada por dois querubins ajoelhados de frente um para o outro, cujas asas esticadas para frente tocavam-se na extremidade, formando um arco, de modo defensor e protetor. Eles se curvavam em direção à tampa em atitude de adoração (Êxodo 25:10-21; 37:7-9). Segundo relato do verso 22, Deus se fazia presente no propiciatório no meio dos dois Querubins de ouro “Shekinah”.
Somente os sacerdotes levitas poderiam transportar a tocar na arca, e apenas o sumo-sacerdote, uma vez por ano, no dia da expiação, quando a Luz de Shekiná se manifestava, entrava no santíssimo do templo.

Função e simbologia

A partir do momento em que as tábuas dos Dez Mandamentos, a Vara de Arão que floresceu (que não só floresceu mas que também brotou amêndoas) e o pote de maná escondido foram repousadas no seu interior, a Arca é tratada como o objeto mais sagrado, como a própria representação de Deus na Terra. A Bíblia relata complexos rituais para se estar em sua presença dentro do Tabernáculo.
Segundo a Bíblia, Deus revelava-se como uma fumaça que se manifestava com sua shekiná (presença) entre os querubins.



segunda-feira, 28 de junho de 2010

Alef-Bet




Alef-Bet

O alfabeto hebraico, também conhecido como Alef-Bet, é o alfabeto utilizado para a escrita em hebraico, que é uma língua semítica pertencente à família das línguas afro-asiáticas, falada em Israel, foi criado por volta do século III a.C. Também é utilizado para escrever o iídiche, língua germânica falada pelos judeus da Europa Oriental e Alemanha. Assim como na escrita árabe, este alfabeto, os textos são escritos no sentido anti-horário ou seja, da direita para a esquerda.

Kabalah

A Kabalah acredita que cada letra do alfabeto hebraico possui dez significados especiais. Não sendo somente um caractere como nos demais idiomas. Assim sendo cada palavra possui dez “significados”, que estudados podem transmitir muito mais que um valor literal.
1. Conceito
O princípio conceitual subjacente associado com a letra.
2. Significado
O significado literal do nome da letra.
3. Formato
A associação visual primária relacionada ao formato das letras.
4. Número
O valor numérico da letra segundo calculado pela Guematria.
5. Espaço
Os elementos físicos, os corpos celestiais e os signos do zodíaco.
6. Tempo
As estações, os dias da semana e os meses do ano.
7. Alma
Os membros e órgãos do corpo humano, responsáveis por mediar experiências relacionadas com o "eu".
8. Qualidade, dom ou sentido
Expressões inatas ou adquiridas de experiência vivida, controlada pelos membros acima e órgãos da alma.
9. Arquétipo
Figuras arquetípicas da história de Israel.
10. Canal
Os canais horizontais, verticais e diagonais conectando as Dez Sephiroth.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Shofar / Trombeta ou Buzina


O que é um Shofar?

Shofar (שופר) é um chifre , tradicionalmente usado o de carneiro, mas que também pode ser de antílope.
A palavra provêm de uma raiz do acadiano “shapparu" ovelha selvagem. No AT quase sempre se designa o instrumento musical curvo feito de chifre de carneiro, podendo ser traduzida com “Trombeta e/ou Buzina”. A palavra usual para indicar o chifre de um animal é qeren. Esta é usada apenas uma vez em referência a instrumento musical.

Shofar nas Escrituras

O vocábulo (Trombeta ou Buzina) se encontra 118 vezes nas escrituras, sendo 98 (84 trombeta e 14 buzina) vezes no Tanach (Antigo Testamento) e 20 (as 20 como trombeta) na B´rit Hadashah (Novo Testamento).

Qual é o significado do Shofar?

O Shofar nos chama para acordarmos de nossa letargia mental pelas coisas terrenas e clama para que possamos despertar e nos envolver com as necessidades de nossa alma. É como um alerta: inspira-nos temor lembrando que este é o Dia de nosso julgamento.
Ele não somente cumpre o propósito na dimensão física, natural e material, mas vai mais além. O Shofar também cumpre um propósito quando o escutamos tocar na dimensão espiritual, ou seja, quando se escuta o som na dimensão física seu toque se manifesta na dimensão espiritual.

Qual é o significado do toque do shofar?

1. O Primeiro toque : TEKIÁ O primeiro som é o TEKIÁ, que se caracteriza pela emissão de uma nota longa que anuncia a Majestade do Senhor e Rei de Israel, que tem dado a promessa do Reino e sua recompensa aos justos. Lembra-nos o dia que o homem pecou contra ELOHIM no Éden, onde ocorreu a grande separação. Por isso é um tom longo, tão largo como a separação entre os homens e ELOHIM. É por isso que o Tanach diz : "Assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos." Is 55.9
2. O segundo toque : TERUAH O segundo som é uma combinação de nove sons curtos que convoca-nos a despertar do sono e leva-nos a uma reflexão profunda sobre nossas vidas diante do Senhor. TERUÁ é como uma voz que nos convida a analisarmos retrospectivamente e ver como estamos em nossa relação com HaShem e com nosso próximo. O toque "Teruah" também nos revela o ensino bíblico da dor intensa que sentiu ADONAI quando o homem pecou contra Ele. A combinação dos nove sons curtos expressa as lágrimas de ADONAI por Seu povo ao ser separado pelo pecado.
3. O Terceiro toque : SHEVARIM Este terceiro som, o SHEVARIM, é uma série média de três sons que, colocados entre os dois primeiros; expressam o gozo interior em meio as aflições do mundo, confiados que finalmente o Reino dos céus será implantando em toda a terra. Quando SHEVARIM é tocado, afirmamos nossa fé na volta do Messias. Este toque também manifesta o ensino bíblico do chamado de ADONAI para voltarmos para Ele. É um convite pessoal que o Senhor faz a todos, a que voltemos à Sua herança, sua provisão, ao Messias de Yisrael, a Yeshua.

Pense:

Talvez tu tenhas feito tudo que te ensinaram sobre guerra espiritual mas não tens obtido vitória, a conquista total sobre a tua Jericó. Hoje, ADONAI te diz, toca o SHOFAR prolongadamente, "mashak". Toca o SHOFAR sem desmaiar. Prolongues o som para que cubras todas as áreas que o Senhor tem te dado como herança.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Ataque de Israel





Bloqueio de Israel a Faixa de Gaza

Comandos militares israelenses atacaram um comboio que levava ajuda à Gaza nesta segunda-feira e mais de 10 dos ativistas a bordo, a maioria estrangeira, foram mortos. O episódio provocou uma crise diplomática e acusações de "massacre" feitas por palestinos.

O fim violento para a tentativa apoiada pela Turquia de romper um bloqueio imposto à Faixa de Gaza realizada por seis navios com cerca de 600 pessoas a bordo e 10 mil toneladas de suprimentos provocou condenação dentro e fora do Oriente Médio.

Enquanto a Marinha escoltava os navios para o porto israelense de Ashdod, os relatos da intercepção realizada no fim da madrugada seguiam incompletos. Fuzileiros navais invadiram os navios por botes e helicópteros. Israel disse que "mais de 10" ativistas morreram. A imprensa israelense falou em 19 mortos.

As mortes provocaram protestos nas ruas e a ira do governo turco, que apoiou o comboio. Ancara chamou de volta seu embaixador em Israel e o presidente turco, Abdullah Gul, exigiu a punição dos responsáveis.

A União Europeia pediu uma investigação sobre o episódio e França e Alemanha afirmaram estarem "chocadas". A Organização das Nações Unidas (ONU) condenou a violência contra civis em águas internacionais.

Autoridades israelenses disseram que os fuzileiros navais foram recebidos a tiros e que ativistas carregavam facas quando os militares chegaram aos navios, um deles de bandeira turca.

Embargo dos Estados Unidos a Cuba


O embargo dos Estados Unidos a Cuba é um embargo econômico, comercial e financeiro imposto a Cuba pelos Estados Unidos que se iniciou em 7 de Fevereiro de 1962. Foi convertido em lei em 1992 e em 1995.

A medida está em vigor até os dias atuais, tornando-se um dos mais duradouros embargos econômicos na história moderna.

Segundo a BBC "todos os que se manifestaram na Assembléia Geral denunciaram o embargo americano, considerado desumano e um vestígio da Guerra Fria". A Resolução da ONU foi aprovada uma semana após o presidente George Bush ter declarado que "o embargo contra Cuba será mantido enquanto o regime comunista estiver no poder na ilha". Essa Resolução da Assembléia Geral da ONU, no entanto, não tem força legal para ser imposta contra seus infratores.

Proibições:

É proibido empresas exportarem para os Estados Unidos qualquer produto que contenha alguma matéria-prima cubana (A França não pode exportar para os Estados Unidos uma geléia que contenha açúcar cubano).
É proibido a empresas que vendam a Cuba bens ou serviços nos quais seja utilizada tecnologia estadunidense.
Proibe-se a bancos que abram contas em dólares norte-americanos a pessoas cubanas, ou que realizem qualquer transação financeira a pessoas cubanas, em cujo caso será confiscado. Isso bloqueia totalmente Cuba de utilizar o dólar em suas transações de comércio exterior.
É proibido aos empresários levar a cabo investimentos ou negócios com Cuba, sob o suposto de que essas operações estejam relacionadas com prioridades sujeitas a reclamação por parte dos Estados Unidos da América. Os empresários que não se submetam a essa proibição serão alvo de sanções e represálias como o cancelamento, ou não renovação, de seus vistos de viagem aos Estados Unidos.

Nota:

Que fique claro que a comparação entre os dois países não deixe duvida a respeito do que penso sobre a política de um país intervir em outro (Sou totalmente contra). Mas que esse texto somente levante a dúvida "Por que o interesse da mídia" em criticar o embargo Israel - Faixa de Gaza, enquanto a ONU já condenou Estados Unidos pela 16º vez em 2008 e nada aconteceu.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Shavuot / Pentecostes



O que é Shavuot?

Shavuot é o dia da outorga da Torá. Segundo dos três maiores Dias Festivos (Pêssach é o primeiro e Sucot o terceiro).
A palavra Shavuot significa "semanas": assinala a compleição das sete semanas entre Pêssach e Shavuot.
Adornando a casa com folhagens e flores

Em Shavuot costumam-se enfeitar a casa e a sinagoga com frutas, flores e folhagens. O motivo disso é que na época do Templo Sagrado, os primeiros frutos da colheita eram oferecidos em Shavuot. Nossos Sábios relatam também que, embora o Monte Sinai se localizasse em um deserto, quando a Torá foi outorgada a montanha floresceu e muitas flores brotaram
A Revelação no Sinai

A alvorada do terceiro dia trouxe trovões e relâmpagos que encheram o ar. Pesadas nuvens pairavam sobre a montanha, e os sons crescentes e constantes do shofar fizeram o povo estremecer com temor. O toque do shofar intensificou-se, mas de repente todos os sons cessaram, e seguiu-se um silêncio absoluto; então D'us proclamou os Dez Mandamentos desta forma:
1 - "Eu sou o Senhor teu D'us, que te tirei da terra do Egito, da casa dos escravos.
2 - "Não terás outros deuses diante de Mim. Não fará para ti imagem de escultura, figura alguma do que há em cima, nos céus, e abaixo na terra, ou nas águas, abaixo da terra. Não te prostrarás diante deles, nem os servirá, pois sou o Eterno, teu D'us, D'us zeloso que visita a iniqüidade dos pais aos filhos sobre terceiras e quartas gerações aos que me aborrecem; e mostrarei misericórdia até mil gerações daqueles que Me amam e guardam Meus mandamentos.
3 - "Não jurarás em nome do Eterno, teu D'us, em vão; porque não livrará o Eterno ao que jurar Seu nome em vão.
4 - "Lembra-te do dia de Shabat para santificá-lo. Seis dias trabalharás, e farás toda tua obra. E o sétimo é o Shabat do Eterno, teu D'us, e não farás nenhuma obra, tu, teu filho, tua filha, teu servo, tua serva, teu animal, e teu peregrino que estiver em tuas cidades; pois em seis dias o Senhor fez os céus e a terra, o mar, e tudo o que há neles, e repousou no sétimo dia; portanto, abençoou o Eterno o dia de Shabat e o santificou.
5 - "Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem teus dias sobre a terra que o Eterno, teu D'us, te dá.
6 - "Não matarás.
7 - "Não cometerás adultério.
8 - "Não furtarás.
9 - "Não levantarás falso testemunho contra teu próximo.
10 - "Não cobiçarás a casa de teu próximo; não cobiçarás a mulher de teu próximo, e seu servo, ou sua serva, e seu boi, e seu asno, e tudo que seja de teu próximo.
"Fazer ou entender: o que vem primeiro?"
Porém outra questão é ainda mais fundamental: a pessoa deveria colocar seu entendimento antes de suas ações? Um judeu deveria tornar sua compreensão dos mandamentos ou dos caminhos de D’us condicionais à sua observância?

Quando recebemos a Torá e as mitsvot no Sinai, a Torá declarou claramente que as aceitamos com base de Naassê – "faremos" – primeiro, e depois, V’Nishma – "escutaremos e compreenderemos". Em outras palavras, baseados na obediência incondicional e prontidão para cumprir as mitsvot Divinas, independentemente de as entendermos racionalmente. Embora devamos aprender e tentar entender o máximo possível, o conhecimento e entendimento prévios jamais devem ser uma condição para corresponder às orientações que D’us nos deu sobre nossa conduta e nosso verdadeiro modo de vida.